sexta-feira, 8 de maio de 2009

VISITA DE ESTUDO AO HOTEL CASINO DE CHAVES

Tanto ouvimos falar do Hotel Casino de Chaves pela sua arquitectura, qualidade de serviços e infra-estruturas pelo nosso formador Amável Fernandes que já há muito estávamos todos, como futuros recepcionistas de hotel, desejosos de o visitar. Esta visita de estudo, organizada pela entidade formadora, Winnerges, possibilitou de agrupar os dois cursos, o nosso de recepcionistas de hotel, de Esposende e o outro de Técnicos de Animação e Informação Turística, de Guimarães, possibilitando assim um intercâmbio sobre os nossos conhecimentos pessoais, técnicos e culturais.
Chegámos ao Hotel Casino de Chaves por volta das 11h50, onde fiquei encantado pela beleza paisagística, onde se encontrava o hotel. Um grande hall de entrada convidava-nos calorosamente para entrar. Logo reparei, na entrada do lado direito, da placa comemorativa da sua inauguração em 13 de Setembro de 2008, pelo Sr. Primeiro-Ministro, Sr. Eng.º José Sócrates. Um enorme candeeiro de cristal suspenso, desde o ponto mais alto do edifício, de quatro andares, iluminava toda a entrada, deste hall, pelo reflexo da luz que vinha por toda a frente de grandes painéis de vidro, reflectindo a paisagem deslumbrante de verde. A decoração de todo o equipamento, desde pequenos sofás a mesas, candeeiros, moveis e bibelôs, apelava-nos a sentarmo-nos para meditar nesta paisagem relaxante, ouvindo um murmúrio de fundo vindo de pequenas fontes laterais de água. Alguns dos colegas entraram num elevador transparente, do estilo anos 20, Art Déco, mas eu preferi percorrer as escadas que permitiam desfrutar da beleza do candeeiro de mais perto, e aperceber-me da sua beleza e grandeza. Tudo estava estudado ao pormenor, era realmente uma arquitectura fabulosa, de requinte, de mistura entre moderno e rústico, de simetria de formas, materiais e de cores, um jogo de madeira, pedra e granito, do cromado ao vidro, onde a luz circulava por todos os lados, aliciando a percorrer esta imensidão arquitectónica, tal como nos filmes de Steven Spilberg, na procura de um tesouro.

Para um melhor aproveitamento da visita, fomos divididos em dois grupos, os Recepcionistas com o formador Amável, como guia, e os Animadores, com guia o recepcionista de Hotel do Casino de Chaves. Começámos então a visita dos alojamentos, onde soubemos que o hotel com 6 pisos, era constituído de 78 quartos, todos eles em quartos comunicantes, com 3 suites, iniciámos então a visita, no segundo andar, no quarto 231, um Twin, muito luxuoso, com pequeno terraço com vista para um lago e piscina exterior, e de uma de linda paisagem verdejante. Continuamos para o quarto 236, um Double, este com vista para a cidade e o campo de futebol; depois passamos para o 239, uma Suite, que não era considerada de luxo, mas que para mim, não podia imaginar como seria então uma de luxo, sendo esta composta de sala, salão, quarto e 2 casas de banho, com terraço com vista para a piscina exterior e sua paisagem verdejante, pela modesta quantia de 190,00€. Passamos a seguir para o piso (-2) onde com o apoio dos técnicas do hotel, muito simpáticas, foi-nos apresentado o health-club, onde vimos uma piscina interior com equipamento adequado para receber deficientes, a sala de jacuzzi, sala de massagem, os balneários com 63 cacifos, 2 campos de squash, uma sala de pequenos socorros, e um ginásio com diversas máquinas, além de uma sala de crianças aberto das 9h30 as 20h00, e todos estes espaços desfrutando de uma visita sobre o exterior, com uma piscina. Saímos para o exterior para vermos de perto a piscina, do lado oposto à entrada do edifício e foi realmente espantoso observar a estrutura do edifício que parecia estar suspensa no ar, tendo apenas finos e altos pilares a suportar um bloco enorme no ar, era fabuloso! A seguir fomos de novo para o rés-do-chão visitar as salas de reuniões, com capacidade até 400 convidados, e uma sala de leitura muito convidativa a sentar-se e escolher um livro, e depois de observar a porta aberta do restaurante, não fiquei indiferente a uma pequena “espreitadela” para analisar a decoração desse restaurante e reconheci que é verdadeiramente, como todo o hotel, muito convidativo, pelos tons claros de verde, rosa, cinza e branco da sua decoração em simbiose com a vista panorâmica da paisagem, em grande destaque pelas paredes imensas de vidro.

Foi com muita pena que a nossa visita ao hotel chegou ao seu termo, porque ainda teria sido muito útil, uma visita ao casino da parte de tarde ou ainda fazer algumas perguntas aos recepcionistas do hotel sobre a forma de atendimento ou da organização dos serviços na recepção, mas já passava das 13h20, e tivemos então de despedir e agradecer os funcionários do hotel pela sua amabilidade, e deslocarmo-nos, então, de autocarro para a cidade desfrutando das suas belezas paisagísticas, recordando com nostalgia a visão à distancia, no alto, a arquitectura do hotel tal um monumento feudal. Sem esquecer de referir um delicioso almoço, num restaurante, no centro da cidade, partimos depois de saciados, a pé para a visita do seu centro histórico, reconhecendo, ainda visível, alguma parte da antiga muralha que protegia a cidade de Chaves, passámos depois para a Torre de Menagem, onde se encontram ainda quatro canhões antigos, e do alto da torre, permite um panorama lindíssimo sobre a cidade. Bem visível na saída estava uma inscrição alusiva ao RI 19, Regimento de Infantaria 19, em comemoração aos soldados portugueses mortos pela pátria ma primeira guerra mundial, alguns em África em 1914, e em França em 1917 e 1918, e depois visitamos as suas termas, a ponte romana, e a sua nova ponte pedonal e seu magnífico parque á volta do rio Tâmega.
Foi a minha primeira visita onde fiquei deslumbrado pelo que assisti, não propriamente pelo seu estilo arquitectónico, mas mais pela possibilidade de analisar e comparar e tipos de arquitectura, de uma forma crítica, sobre as suas funcionalidades, e neste caso na hotelaria. Considero que esta arquitectura foi bem adaptada e tem suas vantagens na hotelaria, tanto pela sua disposição solar, e sua iluminação, pelo estilo de decoração, sendo muito apelativo, mas peca por não ter desenvolvido uma arquitectura paisagista mais vanguardista no exterior, parece estar inacabado e não condiz com esta arquitectura, sinto-a muito desleixado na escolha de decoração paisagista. Quanto a sua localização, e seus acessos, foi bem estudada, porque está num clima muito relaxante e sossegado e muito próxima da Cidade de Chaves, utilizando a variante. Pena foi não ter levado uma máquina fotográfica, onde poderia ter tirado maior proveito arquitectónico desta visita.